Brasileiro leva conceito de Reutilização para o Canadá!

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Isso mesmo, minha gente!

Sustentabilidade não tem que ser apenas a Reciclagem ou Gestão Ambiental das Indústrias locais não! Tem que vir de dentro, da consciencia e caráter de uma população...em especial de sua cultura!

E apesar de imaginarmos que aqui no Brasil isso não acontece, surpreendentemente descobri que o primeiro Congresso Internacional de Educação Ambiental (lá pelos idos de 1980) teve mais de 90% dos artigos/trabalhos cientificos vindos da nossa terra brazuca. É ou não é motivo de orgulho? Gringos de toda parte do mundo vem para cá aprender nossa relação com a Alfabetização Ecológica!

E não é que parece que isso tá no sangue?

Eu sempre tive a preocupação de como encontrar / encarar isso no Canadá. Aqui no Brasil eu sou o cúmulo da educadora, sempre incluindo em treinamentos e atividades (da empresa e fora dela) a sensibilização e criatividade inerentes à Alfabetização Ecológica... só que lá no extremo norte das Américas eu não tinha a mínima de como continuar com isso.

Foi então que a amiga D.P / Thoru / Serena me mandou o link de um casal canarinho que está lá nas terras geladas...e que CRIOU UM SITE DE DOAÇÃO DE MATERIAIS USADOS!

A revolta deles era ver todos os dias os lixos atulhados de coisas que poderiam ser reutilizadas...especialmente por imigrantes que chegam lá com "uma mão na frente e outra atrás".

Idéia hiper simples, mas de um impacto (positivo) brutal!

Um "salve, salve" para a família do blog Allez Canadá!

Que a idéia vingue e dê ótimos frutos! Se depender de mim...já deu! \o/

O site é o: www.e-change.ca
Prestigiem! \o

Lachine - Um lugar pacata para se... PASSEAR!

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Fui atrás de informações sobre a cidade de Lachine, após ver as fotos babantes do post anterior, pra saber se o lugar é viável como primeira opção em nossa ida ao Canadá.

Encontrei algumas informações no site da Enciclopédia Britânica, no Wikipédia e Podunk. Também no site oficial de províncias do Canadá. (me perdoem, pois ainda não aprendi a colocar os links no próprio post... T.T)

Vamos lá:

Lachine
Área: 17.83Km2
População: 41.391 hab
Língua: 60,4% francês / 21,8% inglês

O bairro é dividido em 3 distritos, sendo ele localizado ao Sul de Montreal fazendo vista para o Lago Saint-Louis:
- Fort Rolland
- Canal
- J-Émery-Provost

Lachine teve seu nome herdado por uma história inusitada de 2 aventureiros que acreditavam aquele local se tratar de um caminho para a China pelas Américas, quando descobriu-se que não era beeem assim o local acabou por ficar conhecido como “La petit Chine” (a pequena China), sendo abreviado após anos de utilização para apenas “La Chine” (a China).

Para lazer temos o Poles des Rapides (um parque com sítios históricos e mercados livres), o Musee Sante-Anne de Lachine (convento que se tornou museu, recontando a história das irmãs de Sante-Anne), o próprio Lachine Museum (prédio histórico que abriga acervo sobre a história da cidade e recebe exposições de arte contemporânea) e pelo menos mais 15 ou 20 pontos turísticos.


O que me fez ver e perceber que a cidade é um pólo cultural, turístico e... só! Com sua economia voltada para isso, raramente eu vi um mercado ou padaria ou restaurante em minhas pesquisas. Além de depois saber pela amiga Serena (a D.P. do Brasil ao Canadá que vive a mudar de apelido...rs) que o bairro não tem estrutura de transporte, é estritamente residencial e tem tudo longe.

Ou seja, voltamos a estaca zero na procura por nosso canto... mas pelo menos já sabemos onde iremos passar os fins de semana!!!

Abraços a todos!

Socorro, não aguento mais SP!

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Um ótimo texto que, apesar de ela estar se mudando para um local ainda no estado, me faz pensar em todos os motivos que me fazem desejar mudar para outro país (eu sou bem mais radical que ela, sem dúvida...rs)

Do blog Gaiatos e Gaianos - Planeta Sustentável
Por Giuliana Capello




"A casa na ecovila Clareando está em construção e, enquanto não fica pronta, minha morada durante a semana é a metrópole, com todos os seus problemas... Moro em São Paulo desde 1996, quando entrei na faculdade e me mudei para cá. Mas passei a infância e a adolescência em Itatiba, a 80 km da capital. A bicicleta era meu principal meio de transporte, eu conhecia os vizinhos, respirava ar puro, não enfrentava congestionamentos nem metrô lotado. Também quase não ia ao cinema (porque o único da cidade só passava filme do Didi, da Xuxa e do Schwarzenegger. Ninguém merece). Teatro não tinha. O lazer era a piscina do clube, os treinos no time de vôlei da cidade, as brincadeiras na rua e a pizzaria na praça do centro.

Quando me mudei para São Paulo, sofri horrores. O que já era natural ou “normal” para muita gente, para mim era um martírio. Eu não entendia como alguém podia entrar num elevador e não cumprimentar a pessoa ao lado, ou dividir o banco do ônibus como se o outro fosse uma estátua. Ingenuidade do interior? Talvez, diria algum urbanóide.

Com o tempo, fui descobrindo os lugares bacanas da cidade, os amigos, as rotas alternativas. Depois de morar em inúmeros locais (república de estudantes, pensionato de freiras, apê de amigas, casa do tio solteiro etc.), chegou a hora (tem hora para isso?) de casar. Primeiro, fomos morar numa casa alugada. Costumo brincar que foi uma espécie de test drive. Depois, compramos um sobradinho de vila, perto do parque da Aclimação. Lugar gostoso, cheio de pequenos comércios familiares, com área verde, vizinhos gentis e uma amoreira na porta de casa (que já rendeu potes e mais potes de geléia).

No pequeno quintal, plantamos ervas aromáticas e medicinais, temperos, maracujá, abóbora, chuchu. Criamos um pedacinho de verde e um clima de interior. Um sossego. Os amigos chegavam e sempre diziam: “aqui nem parece São Paulo”. Mas a tranquilidade esbarrou na falta de planejamento da cidade. No tão comemorado boom imobiliário, que fez brotar de antigos casarões do bairro prédios enormes e condomínios gigantes, quase que da noite para o dia. Infelizmente, não escapamos disso.

Bem ao lado da minha vila, uma construtora comprou umas oito casas (que também formavam uma vilinha) e começou a levantar um prédio de 25 andares. Acabou o nosso sossego. As maritacas foram embora, junto com o silêncio das manhãs. Minha horta foi destruída pelos resíduos de cimento e areia que caem aos montes (até hoje) no meu quintal. Meu muro sofreu rachaduras, várias telhas foram quebradas, os carros da vila vivem sujos de resíduos de construção e a minha paciência de praticante de yoga chegou ao fim. Era hora de exigir o mínimo de respeito.

Fui conversar com a engenheira responsável e sabe o que ouvi dela? Que eu precisava ser mais tolerante. Mais?!?! E sabe o que é mais irônico nisso tudo? O nome da construtora: Diálogo. Para minha surpresa, o prédio também não deixou recuos decentes. Entre o beiral do meu telhado e o muro do prédio não há mais do que 50 cm! Um absurdo! Mas o absurdo maior é que a obra chegou a ser embargada pela prefeitura, mas depois foi autorizada a seguir adiante. Eu e os demais vizinhos fizemos de tudo para saber se a obra estava mesmo dentro da lei, e se era possível alterar o projeto para não prejudicar tanto as nossas casas.

Que nada. Nessa hora, infelizmente, ganha quem tem mais poder econômico. Ganham os grandes, quase sempre. Foi um inferno conviver com a obra – e ainda é, porque a coisa não terminou. Meu quintal está parecendo uma gaiola, com um aramado “protegendo” contra os resíduos da obra. Toda semana retiro do quintal mais ou menos 2 kg de sujeira. Um total absurdo.

E sabe por quê? Porque a cidade que “não para de crescer” não tem qualquer planejamento ou estudo prévio para prever os reflexos que um empreendimento pode causar num bairro. O Plano Diretor não sai do papel. O direito de vizinhança, já tão bem resolvido fora do Brasil, aqui não vale nada. Não é sequer conhecido pela população e pelas “autoridades”.

Como é que pode?!?! Perdi o sol das manhãs, minha casa ficou mais escura e fria, meu horizonte da janela não existe mais. E eu simplesmente não posso fazer nada para mudar a situação. Aliás, posso sim: fugir, mudar de endereço, como já estava nos planos antes mesmo da obra começar. Mas e quem não pode? E quem não tem a perspectiva de mudar de casa, de bairro, de cidade? Como fica? Fica como aguentar, como puder suportar? Vamos seguindo a vida anestesiados, tentando digerir as adversidades e pensar que é assim mesmo que o mundo funciona? Esse é o grande problema das cidades que crescem além da escala humana, além de qualquer limite que possa garantir um lugar decente e um ambiente saudável para todos.

Hoje em dia, quando um paulistano ou paulistana me questiona por que vou sair de São Paulo, imediatamente me vem à cabeça: e você ainda me pergunta?!? Sei que a ecovila não será um paraíso na terra, mas, como lá nós temos um planejamento de lotes e zoneamento da terra, também sei que posso dormir tranquila, sabendo que ninguém nunca poderá tirar de mim o sol e o horizonte (tal como aparece na foto que fiz recentemente).

Se você mora numa cidade grande, não deixe de buscar seus direitos. Só assim, um dia, quem sabe, o ambiente urbano poderá se tornar um lugar melhor para se viver - e não apenas sobreviver."

Lachine - um lugar pacato para viver

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Bom, uma amiga minha (a D.P do blog Brasil ao Canadá) ta me deixando maluca com as imagens de cidadezinhas pacatas do entorno de Montreal. Eu ainda não sei nenhum detalhe, mas vou procurar com calma as informações depois posto aqui.

Por hora, fiquem com algumas das maravilhosas fotos de Lachine (a apenas um canal de Montreal – considerada subúrbio!!!) e babem!







Não é demais de bom???? ^^

A gente aprende...

sexta-feira, 19 de junho de 2009

De repente a gente tinha uma casa.

De repente a gente não tinha mais.

E de repente tínhamos ganhado uma casa. Que eu (particularmente) não queria. E assim estamos até agora.

A casa ainda não foi exatamente escolhida, mas ter algo que eu não gostaria fez com que eu pensasse muito melhor em todos os meus objetivos de vida. Tudo mesmo. Até porque eu não sou exatamente uma pessoa ligada a assuntos materiais, mas tem coisas que a gente tem que aprender, não é?

E eu acabei entendendo que também tenho que jogar esse jogo. Pra ganhar.

E de repente o Canadá nunca me pareceu tão perfeito. Lendo blogs de um pessoal que já ta por lá e também continuando com o apoio do pessoal do “Brasil ao Canada”, esqueci completamente qualquer dúvida.

Agora eu não só quero ir pro Canadá, como sinto que preciso ir pra lá. Ou nunca serei livre o suficiente.

Vou tirar proveito de toda a situação que aconteceu comigo e me jogar em estudos, especializações e cursos que me dêem uma melhor chance de ir pra lá.

Não acredito que eu vá entrar com o processo em 1 ano ou 2. Não. Minha previsão é de que em 4 anos eu esteja indo pra lá. Simples assim. Quero poder curtir também o que sempre desejei: minha família e a adaptação de meu casamento (que será em novembro do ano que vem).

Assim, no próximo dia 13/07 eu vou começar um curso intensivo de francês na PUC. Assim como em agosto um curso sobre Comunicação e Movimentos Sociais e outro em setembro sobre Imaginação Infantil e Arte Educação. Especializações que irão agregar minha formação e curriculum.

O Curinga vai começar a pós dele em Direito de Telecomunicações também em agosto. Pra ele o francês vai demorar um pouquinho mais, mas sei que ele também vai se empenhar (vai pelo menos se habituar um pouco, já que estarei enchendo ele de informações...rs). E ele já tem inglês fluente, coisa que eu to longe de alcançar.

Gostaria de dizer que vou escrever mais no blog (que é o que eu quero), mas não sei... Ainda tenho muito que pesquisar, o que conhecer, o que me informar para poder passar alguma coisa pra todo mundo.

A única coisa que posso dizer agora é: quando é algo que realmente vai fazer bem pra sua vida, o universo se movimenta pra fazer a coisa acontecer. Nem sempre vai ser um prazer, muitas vezes vai ser dor, mas você aprende a tirar o melhor proveito de tudo isso.

E, acredite, acaba dando certo.

Abraços a todos!

Recomeço (?)

sexta-feira, 13 de março de 2009

Pois é...muita água já passou por debaixo da ponte. Quase um ano depois eu venho aqui para contar um pouquinho do porque demorei tanto para atualizar. Aliás, esse blog só sobreviveu pela minha preguiça em desativa-lo...e por algo que continuou na minha cabeça, como uma sementinha pronta a desabrochar.

Eu e o Curinga deixamos de lado o projeto por alguns motivos pessoais. Em especial por minha culpa, uma amante da família confessa. Não teve como, na época além de tudo eu estava passando por um tratamento de saúde um pouco delicado e meu emocional estava abalado demais para tomar esse tipo de decisão tão séria.

Mas nunca esqueci de nada do que eu já tinha visto do Canadá. Absolutamente nada. E para melhorar, a minha grande cumadi D.P. só fazia eu recordar ainda mais...sendo que ela está a bons passos na nossa frente.

De uns tempos pra cá, acredito que até pela proximidade do casamento e a procura por uma residencia, comecei a encafifar com a idéia de imigração de novo. Sem contar pra ninguém, eu sempre dava uma olhadinha em um ou outro blog/site. Ficava por isso mesmo, o meu medo de ficar longe da familia sempre falava mais alto.

E o que mudou?

Nada, na verdade. No máximo eu mesma, que acabei amadurecendo no ultimo ano o suficiente para entender que as coisas boas de mudar para o Canadá suplantam (e muito!) qualquer festa de família.

Pensando mais em mim mesma, em uma vida mais saudável e realizada com meu noivo e um futuro muito mais agradável para os filhos que teremos é que retomei o projeto. O Curinga nunca deixou de estar disposto a ir pra lá (acho que se pudesse ir hoje, ele iria).

Esse fim de semana iremos conversar melhor sobre tudo o que precisaremos fazer para ter o conforto necessário (financeiro / material / profissional / emocional) nessa nossa empreitada. Faremos cálculos de como queremos chegar por lá e quanto tempo precisaremos para isso se concretizar. O primeiro ponto será um bom curso de francês.

Logo que decidirmos o que vai ser, coloco pra vcs qual será o cronograma de atividades.

Abraços,

Lirio

(PS: agradeço muito à D.P por estar compartilhando tudo o que pode comigo nessa aventura!)

 
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